Todo mundo nesta praça tem muita vontade, um turbilhão de diferença e muita inquietude. Mas ninguém diz o que pensa ou faz o que deseja com receio de que o outro veja e lhe acuse. (…) Todo mundo aqui se olha, todo mundo aqui se rende, todo mundo assim se cora e ninguém diz como se sente. (…) Tudo aqui é de todos, nada é de alguém, quem esquece que é junto, compra porque não tem. (…) Se esquece que no corpo é a mesma vergonha e se esquece que no corpo é a mesma alegria, se esquece que no corpo é tudo a mesma dor e se esquece que se vive a mesma melodia.
Trecho da música “Ágora” (Alexandre Knorre) in cORPOreizar: Acompanhar o problema do adoecimento das professoras. 2008. Dissertação – UFRS. F.H.YONEZAWA